Madureira cai diante do Bangu de maneira injusta
Depois de atuar com futebol de time campeão durante toda a segunda fase da Copa Rio 2012, Tricolor cruzou com Alvi-Rubro na semi-final e, apesar do favoritismo, acabou sendo eliminado nos penaltis.
14 de Novembro, quarta-feira
O primeiro jogo da semi-final da Copa Rio foi realizado na Rua Bariri. Já que o estádio de Moça Bonita está interditado para obras de melhoria, o jogo foi marcado para Olaria. Neste jogo, o Bangu mostrou que não seria adversário fácil e que pretendia acabar com o favoritismo tricolor.
O técnico Cleimar Rocha, um dos melhores tecnicos do futebol carioca, organizou o time banguense para jogar marcando pressão sobre o adversário e explorando os erros do Madureira.
Ainda no primeiro tempo, o Bangu abriu o placar de penalti. Nem deu muito tempo para a torcida alvi-rubra comemorar, pois o juiz marcou também um penalti para o Madureira. Rodrigo cobrou mal e o goleiro defendeu com os pés, no rebote, Rodrigo chutou para nova defesa do arqueiro banguense, no segundo rebote, a bola sobrou para Jean que tocou pro gol: 1 x 1.
No segundo tempo, O Bangu continuava jogando no erro do Madureira e logo chegou ao 2 x 1 numa falha de marcação da defesa tricolor. Mas ainda deu tempo pra reação, Jean saiu driblando e chutou uma tijolada direta para o fundo do gol. Um gol de placa que decretou o empate na Bariri. 2 x 2 e a decisão ficava para sábado.
17 de Novembro, sábado.
Precisando da vitória, a torcida do Madureira compareceu em bom número ao caldeirão da rua Conselheiro Galvão e, apesar do primeiro jogo ter sido muito difícil, grande parte dos tricolores tinham boas expectativas para o jogo.
A torcida banguense também compareceu e passou o jogo todo gritando e cantando para apoiar o time da zona oeste.
Mais uma vez, Cleimar Rocha acertou o time para jogar no erro do adversário e, assim, ainda no início de jogo o Bangu abriu o placar;
O nervosismo abateu o Madureira e Rodrigo mostrou isso tendo uma falha grotesca no campo defensivo e cedendo a bola para a representação banguense. Segundo gol alvi-rubro, parecia tudo perdido.
Depois de sofrer o 2 x 0, o Madura sentiu que não tinha mais nada a perder e partiu pra cima do Bangu. O nervosismo foi aos poucos dando espaço para a esperança e, depois de muito pressionar, Rodrigo (não o capitão, o atacante) tocou de cabeça para diminuir: Bangu 2 x 1 Madureira.
No segundo tempo, o Madureira tomou conta do jogo. Com excessão de uma ou duas defesas do Cleber e uma bola que bateu no travessão, o Bangu foi coadjuvante no jogo. A pressão tricolor surtiu efeito no início do segundo tempo, Rodrigo se redimiu de seu erro e cruzou de maneira impecável para Jean tocar pro gol: 2 x 2! Vibração e alegria nas sociais do Aniceto Moscoso.
Com o jogo se encaminhando para disputa de penaltis, o Madura continuou pressionando para virar o jogo. Chegamos a colocar duas bolas no travessão e uma rente a trave, mas aconteceu o que não podia ter acontecido: Jean se contundiu na hora que marcou o gol e até tentou ficar em campo, mas não conseguiu. Justo Jean, um dos melhores em campo, uma das estrelas do elenco, justo naquele momento. Injustiça dos deuses do futebol!
Sem Jean, a pressão do Madureira caiu muito de qualidade. Ainda dava pra ter virado o jogo, se a disputa fosse honesta. Mas o Bangu, não se pode esquecer, é o time da federação. E nesse jogo, o árbitro era o Índio. O Madura teve dois penaltis não marcados a seu favor e o soprador de apito ainda encerrou o jogo sem acréscimos, mesmo com 5 substituições e o Jean contundido.
Na disputa de penaltis poderíamos ter vencido, mas infelizmente nosso goleiro Cleber que é de fato muito bom não tem vocação para tapa penales e não fez nenhuma defesa. O Bangu ainda perdeu uma cobrança que passou ao lado da trave, mas o Madureira perdeu duas. Jairo colocou no travessão e o arqueiro alvi-rubro defendeu a cobrança de Vitor.
Fim de papo para o Tricolor! Caímos, mas caímos de pé! Mas de que adianta cair de pé? Melhor seria chegar na final, ainda que não fosse de maneira tão brilhante. Foi assim que o sonho acabou, Madureira chorou!
