26/11/2011 - MADURA VENCE FRIZÃO E FATURA COPA RIO
Amigos, doi o coração tricolor lembrar do último dia 17. Realmente a memória não se apaga de nossas mentes e lá permanece como um verme, um verme que cada vez instigado nos corroi por dentro, digerindo nossa felicidade.
Se sofremos esse ano depois de tantas expectativas, de tanta certeza. Ano passado, mesmo sem o favoritismo conseguimos o título. Tudo parecia tão mais alegre nesse mesmo dia do ano de 2011. Então, para aquecer nossos corações sofredores, vamos nos recordar deste dia que jamais deverá ser um dia esquecido por qualquer madureirense de qualquer lugar da Terra.
Outubro / Novembro de 2011
Depois de uma campanha excelente na primeira fase, Madureira perdeu seu tecnico Antônio Carlos Roy, que pediu um aumento que o clube não tinha condições de pagar. O sucessor foi Luiz Cláudio.
Diante de muita desconfiança, Luiz começou no comando do tricolor sem tanta sorte. Depois de dois empates seguidos em casa e uma derrota para o Serra Macaense em Macaé, muitos torcedores já duvidavam que o Madura tivesse forças para seguir mais adiante na Copa Rio sem Roy.
Apesar de todas as desconfianças, o time comandado por Luiz Cláudio emendou uma sequencia de vitórias fora de casa, vencendo inclusive o Friburguense que mantinha uma invencibilidade de longa data dentro de seu estádio. Com isso, o tricolor conseguiu passar para a semi-final da competição.
Na Semi-final, o Madura cruzou com o Macaé e venceu em casa, sem muita dificuldade por 2 x 0. Já no jogo da volta, em Macaé, o time da casa devolveu o 2 x 0 e levou a decisão para os penaltis. Mas, ao contrário desse ano, em 2011, vencemos a disputa e seguimos para a final.
Na final, novamente encontramos o Friburguense, aquele mesmo que derrotamos por 3 x 2 fora. O primeiro jogo, em Conselheiro Galvão, foi tenso. O Frizão saiu na frente, mas contra tudo e contra todos, o Madureira mostrou muita garra e disposição e virou o jogo. Final: Madura 2 x 1 Frizão.
26/11/11
Mesmo tendo vencido a primeira partida, toda a torcida do Madureira sabia que o jogo da volta não seria fácil. O Friburguense raramente perdia, ainda mais jogando em casa. Se com a vantagem de 2 x 0 sobre o Macaé, tivemos que ir para os penaltis, imagina com a vantagem de apenas um gol contra o time que tinha a melhor campanha da competição.
A diretoria do Madureira disponibilizou um ônibus para Friburgo e lá fomos nós. Rumo a subida da serra, rumo ao título!
Chegando lá, fomos recebidos violentamente. Era pau, pedra...só não tinha o fim do caminho, porque até mesmo resto de toco e toco sozinho tinha.
Enquanto as torcidas organizadas brigavam do lado de fora, os torcedores pacíficos entravam no estádio. Sorte de quem estava no Eduardo Guinle nesse dia, o jogo foi alucinante.
Cada grande conquista tem seu herói. É claro que o título da Copa Rio foi conquistado por todos. Todos os jogadores do elenco deram suas contribuições. A Comissão tecnica, diretoria, torcida...todos foram responsáveis por essa conquista. Mas no segundo jogo da final, houve um herói que se destacou, Elias, atacante tricolor que marcou nada mais, nada menos que três gols na final. Lembremos de Elias, grande herói que entra para uma lista seleta. Hércules, Aquiles, Gilgamesh, Beowulf, Elias...
Justamente o herói da nossa epopéia tricolor deixou sua primeira marca logo no início do jogo. Um golaço, um chute indefensável sem muito ângulo. Para o ainda animado Friburguense, era um balde de água fria.
Falando em água fria, a chuva começou a cair e pouco a pouco o jogo foi se transformando mais em polo aquático do que futebol. Mas se por um lado o nível tecnico foi comprometido, em termos de espetáculo, de emoção, o jogo ganhava cada vez mais.
Ainda no primeiro tempo, o juiz marca um penalti contra o Madureira e chegamos no intervalo com 1 x 1. Resultado que ainda garantia o Madureira campeão.
Na segunda etapa, pressão do Frizão para tentar a virada que ao menos levaria para os penaltis. Desespero e inquietação nos corações tricolores. Tanto tricolores suburbanos como tricolores serranos.
Mas diante de tanta pressão, o Friburguense cedeu contra-ataque para o Madureira e, novamente, Elias, sem ângulo, aproveitou a bola que parou numa poça e tocou para o gol. A pelota entrava tão lentamente que o goleiro quase conseguiu tirar antes de passar a linha. A torcida do Madura atrás desse mesmo gol puxava a bola para dentro com a força do pensamento. 2 x 1 e parecia que o título estava garantido. Mas a comemoração desse gol não durou tanto, num cruzamento na área, um toque de cabeça deixou tudo igual outra vez: 2 x 2. O empate servia para o Madureira, mas ainda havia tempo para o Frizão virar a partida. O jogo estava muito tenso e a chuva apertava cada vez mais. Elias, nosso herói, mais uma vez criou uma bela jogada de ataque, desta vez, sofreu penalti que ele mesmo bateu e fez: 3 x 2!
Alguns minutos depois, o juiz apitava pela última vez, a torcida Madureirense soltava o grito de campeão que ecoava pelo Eduardo Guinle! Festa do time que subiu no carro de bombeiros, festa da torcida! Festa de todos!
Ainda tivemos nosso ônibus vandalizado pela torcida do Frizão, mas isso não nos abalou. Depois de voltar de Friburgo com a taça, nada mais parecia ser ruim! Foi um dia perfeito! Uma vitória perfeita!
Hoje, o coração dispara quando lembramos deste dia. Choramos pois esse ano, éramos muito mais favoritos, tivemos uma campanha muito mais tranquila, mas caímos na semi-final.
Alegrai-vos, Amigos Tricolores! Assim como esse dia nos trouxe tantas alegrias, temos a certeza de que a grandeza do nosso clube será suficiente para termos a esperança de que outros dias como esse ainda esperam por nós no futuro!
abraços, amigos!
Saudações Tricolores!
"Recordar é viver, e recordar coisas boas, é viver um pouco mais" - prof. Frederico Norberto
Vídeo da Conquista: https://www.youtube.com/watch?v=EhCucEUhAeE
